HISTÓRIA DO CAVALO ÁRABE NO MUNDO
A primeira imagem aparece em um baixo relevo egípcio do século 16 antes de Cristo. Estudiosos e historiadores afirmam que quando o cavalo se tornou um animal doméstico, já existiam menções ao tipo Árabe, comprovados por desenhos rupestres daquela época.
Através de todo este tempo, estes nobres animais sofreram a mais rigorosa e implacável das seleções: A NATURAL.
Sua tempera foi forjada no deserto, sob causticante sol dos dias (60 graus) e o frio das noites (-3 graus), com alimentação e água pobre e escassos, uma descomunal dificuldade para se locomover nas areias escaldantes e que , por vezes, lhes alcançava os joelhos, e jamais desfrutando de planicies e solo firme para galopar, apenas dunas que atingiam até 40 metros de altura.
Isto tudo, fez com que o Cavalo Árabe tenha desenvolvido uma resistência fantástica e não encontrada em nenhuma outra raça.
Seu grau de pureza é único na espécie e determinante na prepotência genética reconhecidamente melhoradora nos cruzamentos, pois, somente o Árabe, como cavalo de sela, não teve outras raças que lhe deram origem, isto é, descende diretamente de seu antepassado pré histórico.
O Cavalo Árabe de hoje tem uma cabeça pequena e côncava, pescoço arqueado, linha de garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. Estas características foram mantidas até hoje, através de 36 séculos.
Falamos da raça mais antiga do mundo, e a nenhuma outra se pode comparar em conformação, equilíbrio e beleza.
GRANDES STUDSBOOK
A paixão pelo cavalo levou faraós, reis, imperadores e homens poderosos a colecionar o que havia de melhor. Preços fabulosos, resgates de príncipes, e cidades inteiras foram trocados por esplendidos animais, quando não eram arrancados a preço de sangue. Depois do esplendor dos faraós, temos notícia dos grandes studsbook nos séculos 13 e 14, como Baybards, o sultão que mandava colocar sedas preciosas no chão para que seus cavalos desfilassem.
E assim o cavalo árabe vai sendo preservado através das idades, passada a tradição de pais a filhos, como o fogo conservado com tanto sacrifício entre os homens primitivos.