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O CAVALO 

Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao deserto.

A rigorosa seleção natural ao qual foram expostos estes nobres animais, com certeza, privilegiaram aspectos de sua conformação primitiva. Sua grande harmonia de formas, o que lhe empresta beleza ímpar, pescoço arqueado, corpo esbelto e forte, cauda sempre erguida (reflexo de um menor número de vertebras lombares e caudais), cabeça cinzelada, onde se destacam olhos enormes e atentos, narinas dilatadas, orelhas pequenas e caixa craniana de grande volume (por isto, a cabeça larga e curta), abrigando um cérebro sensivelmente maior que seus companheiros de espécie e permitindo uma inteligencia exclusiva e marcante, que lhe confere grande adaptabilidade para qualquer serviço ou esporte.

Pela sua enorme versatilidade é considerado no mundo todo o cavalo de sela por excelencia, eis que tem, naturalmente todas as condições necessarias para isso: INTELIGÊNCIA, RESISTÊNCIA, VELOCIDADE, BELEZA, COMODIDADE, ELASTICIDADE E DOCILIDADE.

 

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pointOs olhos do cavalo árabe são típicos de espécimes de animais do deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus predadores.
pointAs narinas se dilatam quando ele corre ou está excitado, proporcionam uma grande captação de ar. Normalmente as narinas se encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas mais secos como no deserto.
pointO tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de sua desenvolvida traquéia – provavelmente esse é um outro fator de adaptação para aumentar a captação de ar.
pointO carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número de células vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio mais eficientemente.
pointA pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido à delicadeza ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais rapidamente.
pointAs veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar, resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando maior conforto em longas jornadas.
pointOs pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do reflexo e da poeira. Focinho– O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado de sua herança do deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho para o admirado tamanho e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são resultados dos ralos pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporadicamente comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas gramas e ervas.
pointÉ fato que muitos cavalo Árabes possuem apenas cinco vértebras lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que possuem cinco vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até hoje não é sabido qual número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há evidência de que o Árabe que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o que possui seis.
pointO alto e natural carregamento da cauda é resultado da singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças que se inclina para baixo.
pointA distinta beleza do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito admiradas pelos beduínos.
pointJibbah é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalo Árabes maduros possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal proporcionando maior capacidade respiratória.
pointO afnas é a chamada “cabeça chanfrada”. O chanfro é a depressão no osso frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza, nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é considerada boa e típica quando possui: olhos grandes, salientes, bem separados e situados logo abaixo da testa; testa larga; narinas grandes e flexíveis; cabeça descarnada e seca; a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz.